O Instituto Nacional do Nome tem como objetivo principal defender o direito de todas as pessoas portarem nomes que dignifiquem o indivíduo, combatendo nomes absurdos, que despertem reações jocosas ou provoquem constrangimento. O Instituto é administrado pelo advogado Gerson Martins, que conta com, com larga experiência em ações que promovem a troca de nomes.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Xadrez, o nome do jogo
Lane Valiengo
"Parecia um jogo de xadrez!"
É assim que falam as pessoas quando querem explicar uma situação que exige concentração, estratégia, cálculo, antecipação de movimentos. Uma situação em que não se pode errar, em que a Lógica é fundamental.
Xadrez, o jogo, não depende de sorte, depende de conhecimento, capacidade e tática. Sua forma atual surgiu na segunda metade do Século XV, durante o Renascimento, no Sudoeste da Europa. Trata-se de uma evolução das suas antigas origens persas e indianas.
É um dos jogos mais praticados do mundo, envolvendo milhões e milhões de pessoas: algo assim como seiscentos e cinquenta milhões de pessoas... Destas, calcula-se que 7,5 milhões são filiadas a federações nacionais.
Wilhelm Steinitz é considerado o primeiro campeão mundial de Xadrez (início do Século XIX).
O nome do jogo vem do sânscrito, sendo uma associação das palavras chatur e anga, "quatro partes", uma referência às quatro divisões dos exércitos antigos (elefantes, cavalaria, e carruagens - ou barcos - e infantaria), que compunham as peças do chaturanga, antecessor do Xadrez.
O nome percorreu o seguinte caminho até nós: chatur anga (sânscrito) -chaturanga - schatrayan (persa) - schtrayn- shadayn/shadran - al xedrech (árabe) - alxedrez - ajedrez (castelhano) e xadrez (português).
É assim que a etimologia demonstra todo o fascínio do surgimento das palavras.
E dos nomes.
O escritor que virou adjetivo
Lane Valiengo
Kafkaniano, dizem os dicionários, é aquilo cujo absurdo e ilogismo sugerem a atmosfera dos romances e contos de Franz Kafka. É a situação que escapa de qualquer lógica ou coerência. É um adjetivo, logicamente. Um adjetivo derivado de um nome próprio.
Kafka, nome tcheco, significa gralha.
Franz, variante de Francis, seria aquele que vem da França.
Franz Kafka, o nome, significa um dos maiores escritores de todos os tempos. Escrevia em alemão: Praga, cidade em que nasceu e viveu durante os seus quarenta anos, pertencia à monarquia austro-húngara.
Assim pode-se definir Kafka: influenciado por três culturas (tcheca, judia e alemã), atraído pelo realismo e pela metafísica, o encontro da lucidez, da ironia e absurdo. Escritor marcado pela opressão burocrática das instituições e pela fragilidade do homem diante do cotidiano.
Escreveu livros que influenciaram o mundo moderno e as artes em geral, como "A Metamorfose", "O Processo", "Amerika", "O Castelo", "O Artista da Fome", "Carta a Meu Pai", "Na Colônia Penal" e "Muralha da China" (contos).
Nasceu em 3 de julho de 1883, em Praga. Morreu em 3 de junho de 1924, em um sanatório em Viena. Estava internado para tratar de uma tuberculose.
Não foi muito famoso em vida. Suas obras tornaram-se clássicos modernos após sua morte. Ao contrário de seu personagem mais conhecido, Gregor Samsa, que um dia acordou e percebeu que se transformara em um inseto (uma barata), Kafka não acordou para perceber que se tornara conhecido, respeitado, louvado.
Nem que seu nome virou um adjetivo. Pelo menos quanto a isso, ele está em boas companhia: dantesco, quixotesco, homérico, machadiano, freudiano são a representação de alguns dos nomes mais importante da civilização (sim, Machado também!) que se tornaram bons e eficazes adjetivos.
EM NOME DA CIDADANIA
TODO JOVEM MERECE UMA
EXISTÊNCIA DIGNA E CONSCIENTE
(Como ir à luta em busca de um futuro melhor)
ou
(Na encruzilhada das decisões)
Existem aqueles que passam a sua existência toda em vão, perguntando qual o sentido da vida sem ir em busca desse sentido. Existem aqueles que preferem ignorar qualquer sentido que possa existir. E existem ainda aqueles que despertam e pensam em dar um sentido verdadeiro à sua vida.
Nada é assim tão fácil, o mundo não pode ser simplesmente definido como um antagonismo entre os bons e os maus. Ou os feios. Às vezes pode parecer que o tempo passou, Carolina permaneceu na janela e nem viu e as esperanças da sua juventude viraram pó, não vingaram, foram parar jogadas no fundo de um baú esquecido no sótão do seu cérebro. Os grandes escritores russos, especialmente Techkov e Dostoiewski, entenderam bem o drama humano que se esconde na alma de cada um. O ser ou não ser shakesperiano não é apenas um grande dilema literário, é a própria encruzilhada em que cada um de nós um dia se vê entre Deus e o Diabo na terra do sol e da garoa, dos grandes sonhos e das imensas corrupções em série.
Os mistérios filosóficos sempre existirão, pensadores do tamanho de um Sartre sempre falaram da vida de forma fatalista, dolorosamente, revelando toda a nossa consistência duvidosa. A verdadeira graça, divina ou não, é apenas ser bom nas nossas ações ou é a de ter consciência de que viver uma vida banal e sem graça é uma questão de opção?
Descartes hoje diria "penso, logo sofro"? A sua dúvida seria a de saber por qual razão afinal somos assim, por que nos tornamos aquilo que somos de fato, sem máscaras sociais ou fingimentos?
Dá até vontade de imitar Rilke e escrever uma "carta aos jovens cidadãos".
Falar aos jovens que logo serão adultos parece ser a saída mais importante que temos.
A questão fundamental é que sempre acontece um momento decisivo na vida, no qual temos que decidir quem seremos nós, que tipo de pessoa seremos, que comportamento teremos, a que valores seremos fiéis. É óbvio que fatores sociais sempre terão lá a sua influência. Mas a pequena fração de livre arbítrio que ainda conservamos é para ser usada na tomada de decisões deste tipo. Muitas vezes a pessoa ainda jovem não tem consciência do momento e da sua importância vital para todo o restante dos nossos dias. O sistema de dominação que impera no mundo faz de tudo para incentivar a alienação, uma forma bastante eficaz de dominação, de escravidão mental. Mas muitos – felizmente! – conseguem escapar desses labirintos.
Existem muitas verdades a respeito de cada fato e ninguém é dono delas, por mais que tentem comprá-las (pagando pouco, é claro...). Mas em nome de um possível despertar de consciências, em nome de uma vida mais digna e mais coerente, em nome da solidariedade coletiva que toda sociedade deve cultivar, em nome de avanço social e do crescimento individual, vamos colocar na mesa e no sofá algumas propostas. Aproveita quem quer, usa quem puder ou desejar...
O livro sagrado das advertências virtuais existe desde que apareceram os primeiros jovens no universo. Ele trata de coisas fundamentais com não jogue a sua vida fora, faça algo de útil da sua vida, construa a sua personalidade, pense no seu futuro, planeje o seu futuro, não perca tempo com uma vida vazia e muito mais.
A advertência que podemos fazer é que não se trata de nenhum livro de autoajuda, estamos falando de decisões a serem tomadas no outono da existência.
Acontece que ao se aproximar da maioridade legal – e, em consequência, da responsabilidade civil –, todo jovem deve estar preparado para assumir responsabilidades. Isso é inevitável. A idade apresenta possibilidades interessantes e transformadoras, como ter autorização para dirigir, para casar, para ser votado (votar pode desde os dezesseis...), abrir uma empresa, ir e vir sem precisar de autorização dos pais, etc.
Além dos aspectos jurídicos da questão, são muito importantes os pontos que dizem respeito ao comportamento social, à reflexão individual, à personalidade, à participação política, à formação de uma ideologia e – fundamental, na nossa visão específica – da construção do seu nome próprio.
O nome é a primeira propriedade de uma pessoa e a sua característica mais importante, junto com o sexo. É uma das principais referências de identidade, junto com o rosto ou a impressão digital. Mais é a mais enraizada delas. É o que nos identifica, nos revela, nos apresenta.
A construção individual do nome tem duas fases: o símbolo e a substância.
A substância diz respeito à identidade, quando a pessoa percebe a si mesmo, se identifica com outras pessoas, adquire cultura e educação, desenvolve valores, habilidades, conhecimentos e, reconhece as suas limitações. É nessa fase que deve ocorrer o planejamento do futuro e o reconhecimento das responsabilidades a serem assumidas. O processo inclui ainda, obviamente, a consciência a respeito da responsabilidade civil do indivíduo. Trata-se em síntese da construção das bases do ser.
Deixar a vida simplesmente acontecer (e passar...), sem cuidar da substância, dos valores, dos instrumentos que possam fazer a pessoa alguém melhor e mais capacitado, é um verdadeiro crime, ou melhor, um autocrime, uma sabotagem, uma espécie de suicídio social e individual. Na falta de outro nome, muitos chamam a isso de alienação. Que nada mais é do que a falta deliberada de comprometimento com o crescimento pessoal e coletivo.
Um aviso: a construção da identidade social é um processo que ocorre durante a vida toda do indivíduo, não tem fim. Mas precisa ter um início.
Agora, falemos do nome.
A valorização de um nome ocorre a partir da quantidade de conhecimento que acumulamos e do nosso comportamento social. Juntamente com o símbolo (a palavra) e seu significado, a valorização do nome se dá de acordo com o que fazemos, com as nossas ações, nosso raciocínio, nossos pensamentos e a forma de nos relacionarmos.
A construção de um nome forte e respeitado depende ainda da existência de um nome que tenha significado, que desperte ações saudáveis. Um nome que seja de bom gosto e que identifique, de fato, o seu proprietário. Que não seja bizarro, feio ou sem significado. Que não envergonhe, não cause constrangimento.
Por isso mesmo, a legislação brasileira é sábia, pois a Lei nº 6.015/1973, em seu artigo 56, concede ao jovem, no ano da sua maioridade, o direito de mudar o próprio nome. Um direito que na verdade existe desde os anos 30 do século passado.
A escolha de um nome adequado também é parte importante do processo de planejamento do futuro e do fortalecimento da personalidade. Pois muitas vezes, um nome estranho ou inadequado pode comprometer o desenvolvimento da personalidade, criando traumas e sofrimentos e impedindo o desenvolvimento pleno das potencialidades de cada um.
Seja fiel a você e alimente o crescimento da sua personalidade.
Estude, aprenda, instrua-se.
Planeje o seu futuro. Prepare-se para o futuro, com as ferramentas necessárias. Tenha consciência do mundo em que vivemos.
Busque a evolução de toda a sociedade. Seja solidário. Comprometa-se.
Escolha um nome adequado e construa esse nome. Valorize o seu nome, engrandeça o seu nome.
Orgulhe-se de você e do seu nome.
Outros nomes estranhos parte 5
Lane Valiengo
Zinaldo
Rudson
Grigório
Solândia
Tecilda
Merielli
Joqueberg
Perciliana
Hewelin
Hewerson
Albania
Lucidalvo
Andrecio
Gerivaldo
Rosicler
Renilce
Zora
Louro
Clarino
Carmen Fumo
Claudsney
Flausina
Asprino
Cláudio Calo
Eudelio
Crislene
LajaelmaMariolda
Avilma
Rivanilza
Gessyvaldo
Erdinç
Ginanilde
Kelly Hoty
Eulisdalva
Adivamar
Jusie
Edigenal
Kervia
Urânia
SidalhaValdeonice
Virlene
Renildo
Aldiva
Divair
Juciene
Joventina
Lenalva
Gerusa
Jusilene
Nétomes
Unisia
Diemes
Gilvando
Noize
Canio
Valdeonice
Krikor
Dimmi Amora
Juranilson
Gleia
Maria Patuléia
Leonidia
Djonatan
Lenitha Budha
Altanir
Cledson
Cleusmar
Evailson
Gerico
Soraia Bizarro
Solimeyre
Laturdes
Irenisbete
Hedneide
Paião
Regiele
Dalcilene
Denilce
Tiaga
Glairta
Orgerni
Utacílio
Bilia
Graciene
Lucemi
Aquelau
Livonete
Almezina
Nomes coletados nos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, O Globo, Diário do Litoral, Gazeta do Litoral, A Tribuna de Santos e Diário Oficial de Santos.
O que revelam na verdade os nomes feios
Lane Valiengo
Um nome feio revela toda a falta de seriedade de quem o escolhe, além da falta de consciência e de um mínimo de preocupação com o futuro dos próprios filhos. Demonstra que alguém que é inconsequente na hora de decidir o nome não tem, na verdade, nenhum compromisso com os outros, com a sociedade, com a sua própria família. Evidencia também o extremo personalismo dessas pessoas.
Mas não é somente uma questão de inconseqüência: os nomes revelam muito a respeito de quem os escolhe. Diga-me quem escolheu o seu nome e te direi quem ele é e qual a sua postura diante da vida.
Nomes feios ou de mau gosto revelam que quem os escolheu não tem a menor preocupação com a vida dos outros. Isso é omissão, é um verdadeiro crime contra a humanidade. E como crime deveria ser tratado.
Revelam ainda mais: mostram a falta de cultura, a ignorância, a fraqueza, a personalidade insegura. Comprova que não entendem a vida e que tratam até mesmo os filhos com desrespeito, despeito, ausência de solidariedade e de amor verdadeiro. Prova o vazio da alma, a falsidade dos pensamentos, a mesquinhez, a banalidade, o espírito confuso, a baixa autoestima, a existência miserável e vazia. Rejeitam até mesmo aqueles que eles próprios geraram.
Revelam ainda a crueldade de que o ser humano é capaz e toda a dimensão maléfica da existência. O inferno são os outros, a começar por quem é capaz de condenar um recém nascido a uma existência de sofrimento, numa tortura que perdura pela vida inteira.
A questão do nome das pessoas é uma questão de direitos humanos. Quem nega a uma criança o direito de ter um nome adequado, sonoro, expressivo, que tenha um significado real, preferindo em vez disso a gozação, a pilhéria, não merece perdão. Merece punição por estes verdadeiros atentados contra a humanidade. Pois ninguém tem o direito de fazer terrorismo com um nome.
Que respeito merece uma pessoa que dá ao próprio filho um nome ridículo?
O caso de Errolflynn (Dossiê nº 003)
Lane Valiengo
Como se o mundo precisasse disso, e como se um nome desse já não fosse um grande escândalo, Errolflynn Paixão foi preso pela Polícia Federal, envolvido na Operação Voucher, no Amapá, como um dos acusados nos escândalos de superfaturamento dentro do Ministério de Turismo.
O Errolflynn brasileiro nasceu em 1955. Naquela época, o Errol Flynn americano era um grande astro do cinema de Hollywood, embora muitos afirmassem que ele era uma estrela, no feminino, com toda razão, pois tempos depois constatou-se que o grande herói e galã, o machão das telas, era um homossexual que ainda não havia aberto a porta do armário.
Isso não impediu que fosse o “mocinho” de grandes sucessos como “As aventuras de Robin Hood”, “Capitão Blood”, “O Gavião do Mar”, “Um punhado de bravos” e “O intrépido General Custer”. Representava o ideal americano do homem valente, corajoso, vejam só...
O filho do senhor Paixão, por sua vez, representa o ícone de uma certa classe brasileira de saqueadores do dinheiro público. Não há nada de heróico nisso, convenhamos.
Ficou famoso, porém, como sócio de empresas fantasmas utilizadas para se apossar de polpudas verbas públicas.
Conclusão: A ele não foi dado o direito de ter um nome adequado.
Bem feito para ele.
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