sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

MUDAR O NOME?

Paulo Matos

As pessoas que carregam nomes “normais”, comuns, não têm noção do que pode significar um nome ridículo. E o tempo se encarrega de dar graça a estas nomenclaturas de pessoas, que entram e saem de moda, mas que em muitos casos trazem sofrimento íntimo, que leva à depressão. 
Não é, Plutarco? Não é, Policarpo? Não é, Nicomedes? Os sábios gregos tinham nomes de época, hoje maltratados. Aristófanes foi um grande autor, mas e agora? Quem agüenta um nome destes? Que tal Ésquilo? Esquilo?
Na escola, no Exército, na empresa, no salão de beleza, seja qual for a circunstância e aquele nome vai gerar risos abafados ou gargalhadas explícitas, brincadeiras permanentes por toda a vida. Mudar o nome? 
Isto é possível. Em muitos casos, concluídos com êxito, transformaram a vida de muita gente, em todos os seus aspectos e abriram novas portas.
Seu Amim Amou Amado teve que ter ombros largos para carregar o nome. 
Foi pensando nestas pessoas que o Instituto Nacional do Nome desenvolveu um “know how” para transformar a vida destas pessoas obrigadas a “carregar” um nome que não escolheram e que lhes foi imposto.
O nome é uma marca, uma identidade que independentemente do conceito que lhe atribui um caráter de ridicularidade, provocando piadas inevitáveis. O nome, se não assumido pelo portador vai lhe gerar problemas. Ninguém gosta de convivência íntima com o que não aceita. É preciso que tenhamos o nome que queremos, como é a roupa que vestimos, o rosto que modelamos na expressão que nos agrada.
O nome é o segundo patrimônio que os pais delegam aos filhos, o primeiro é a origem, a vida, o nascimento. Que pode ser um patrimônio ou uma carga a ser suportada por toda a vida. Ninguém gosta de ter nomes de objetos e tantos que provocam risos para uma gente acostumada a ironizar o semelhante, prática secular. É surgir a chance e pronto.
Dona Abrilina Caçapava que não saía de casa de vergonha, seu Abifixisvistro Jacinto que de vergonha deixou a escola para não mais voltar, Dona Alce Barbuda que vivia trocando de salão até desistir de freqüentá-los, agora podem ter uma nova certidão de nascimento.
E mais: certidão de casamento, uma nova Carteira de Identidade e seus filhos com novos documentos com nomes retificados. Conheci um rapaz que sofria com o sobrenome “Gay”, que foi mudado. São milhares de casos, que agora têm solução.
Na era da comunicação, em que beleza se põe sim na mesa e que a apresentação preenche 90% dos requisitos, a presença de um bom nome é fundamental para todas as relações pessoais.
As histórias que envolvem estes processos de mudança de nome não são apenas humorísticas e curiosas, mas revelam tragédias e sofrimentos pessoais indescritíveis para quem os ostenta. Os novos tempos exigem novas ações para construção dos símbolos.
O símbolo representa o produto ou pessoa, está no lugar de algo e chega antes de você. É um elemento essencial no processo de comunicação tão e cada vez mais importante. Devemos cuidar dele.

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