sexta-feira, 20 de maio de 2011

O NOME DA ROSA

Paulo Matos

O autor e semiólogo italiano Umberto Eco insere uma frase de Willian Shakespeare no seu livro “O nome da Rosa”, Shakespeare o bardo que dentro de sua imensa criação literária, reserva uma pérola inserida neste que fizeram o filme “O nome da Rosa” - retratada no filme interpretado na tela pelo ator Sean Connery, lançado em 1986 sob a direção de Jean-Jacques Annaud. A certa altura, quando o jovem que acompanhava Willian de Baskerville, o investigador dos crimes no mosteiro, se apaixonara por uma jovem que o freqüentava e com quem tivera um efêmero, mas intenso relacionamento se despede dela sem perguntar-lhe o nome – do que se queixa ao chefe. O personagem de Sean Connery então pergunta a ele: “Tivesse a rosa outro nome seria outro seu perfume?”. Na pauta, a questão do nome. Não ousaria contestar Shakespeare, autor original da frase usada por Eco, mas ela não cabe mais no contexto. 

A Rosa teria outro perfume hoje, sim, dadas suas condições essenciais. A realidade é dura e anti-romântica, mas é factual. O livro conta um episódio que transcorre em um mosteiro em 1327 no norte da Itália, durante a Idade Média. Quando chega ao misterioso mosteiro encravado nas montanhas William de Baskerville (Sean Connery), monge franciscano. Adso Von Melk (Christian Slater) é o noviço que o acompanha, com a função de investigar uma série de estranhas mortes que passam a ocorrer. Sean é Sherlock Holmes e seu companheiro Adso é Watson, na brincadeira de Eco. Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume. (William Shakespeare)

Bela, a frase de Shakespeare integrada maravilhosamente por Eco, é do século XIV, não do XXI. Ela comenta a última semana de novembro de 1327, quando em um mosteiro da Itália medieval, ocorre a morte, em circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias e noites. Este é o motor responsável pelo desenvolvimento da ação. Na forma de uma crítica, as violências sexuais, os conflitos no seio dos movimentos heréticos do século XIV, a luta contra a mistificação, o poder, o esvaziamento dos valores pela demagogia, constroem uma reconstituição livre e distante dos reais fatos históricos da época aos olhos dos espectadores. O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem. (Shakespeare)

O que sugere ser um simples texto sobre um período histórico, da Inquisição Católica (quando botavam fogo em pessoas classificada como hereges, que se desviavam do catolicismo, na luta contra o protestantismo), na verdade é uma tese transformada em romance. A ciência contra a fé. Recusava-se o raciocínio e a inteligência em favor da dominação religiosa do período.

Eram mortos todos os religiosos – jogados do alto do castelo onde ficava no mosteiro, que tinham acesso à biblioteca - em que textos escritos revelavam uma igreja que se abria ao humor, o que desacreditava a sua tese central ou era o medo, base de sua crença. E, portanto, na visão dos antigos padres, tinham que morrer.

Nesse quadro, a frase de Shakespeare usada por Eco, no evento final, depois de solucionada a trama pelo lúcido personagem interpretado por Connery, quando vão embora a cavalo ele e o personagem Adso, é uma pérola. Mas reparem, Baskerville é o nome de uma das histórias de Sherlock Holmes e Adso é Watson, seu companheiro, a quem chega a falar “elementar, meu caro Adso”.

Oxalá ainda fosse assim, mas hoje Raimunda não é Rosa, pelo menos por aqui, e precisa ser mudada, como se Adso se chamasse Jovelino. É isso. Seria preciso uma cirurgia plástica do nome (matéria em que se especializou o Dr. Gerson Martins). O resto é romance.

Mas, que é um nome? Se outro nome, tivesse a rosa, em vez de rosa, Deixaria de ser por isso perfumosa? (...) Não, minha bela, nem Montecchio, nem Romeu! Já que o meu nome não te agrada, eu não sou eu! (Do texto de Romeu e Julieta, de Shakespeare, cena II, Pomar dos Capuleto)

terça-feira, 17 de maio de 2011

PAULO, O APÓSTOLO DO SAMBA

 Paulo Matos

Houve uma vez em que, nessa cidade de Santos, um padre católico cumpria por muitos anos uma tarefa histórica: a de alterar e fazer crescer destinos trazendo o brilho à periferia. Ele não precisará nunca mudar de nome, pois o consagrou. Chamava para uma Escola de Samba, fazendo-a campeã da maior festa do mundo que é o carnaval brasileiro, com brilho e lantejoulas, muito som na bateria. Horizontal, com todas as tribos em grande confraternização e entusiasmo coletivo.

Era a ocupação saudável do tempo e da história, construindo memória e graça tanto nos batuques quanto nas danças trabalhadas com esmero em cansativos ensaios. Em maio de 1954 o Padre Paulo Horneaux de Moura Filho, recém ordenado sacerdote, foi indicado pelo Bispo Dom Idílio José Soares para iniciar "um trabalho de nucleação nas Casas Populares da Bacia do Macuco".

Padre Paulo começou a reunir o povo e celebrar a Santa Missa na Praça do Mercado, que servia para abastecer, inicialmente, os construtores do conjunto residencial e, mais tarde, os primeiros moradores. Antes de se construir o templo, havia no local uma quadra de esportes. Foi este o primeiro lugar das celebrações.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Paulo é uma escola de samba de Santos. A Padre Paulo foi fundada em 27 de agosto de 1974, no Bairro Estuário, e hoje tem sede na Praça Rubens Ferreira Martins. Suas cores são o verde, branco e com detalhes dourados na bandeira. O apóstolo Paulo nunca ousou nem usou destas cores, mas seu estilo naquele conjunto que acompanhava

Isto ocorreu em Santos – e ainda ocorre -, mas o simpático personagem não pôde mais desfilar a frente de suas meninas e meninos pela avenida, porque os titulares da Igreja consideraram imoral as garotas quase despidas que percorriam o asfalto sorrindo e dançando.

Era um feito memorável, que só deixava de ser alegre quando chegava ao final da pista depois de memoráveis cantorias de seu samba-enredo nas arquibancadas, traduzindo o calor e a emoção diante do espetáculo construído, produto do esforço comum, de inimaginável beleza - trazendo arrepios à pele.

Mas proibiram que seu líder e criador saísse à frente da escola, dando exemplos de geração de empregos e atividade econômica, de construção da beleza nas cores verde e branco. Que fez a Escola campeã em 1980, 1982, 1984, 1991, 1997, 2000, 2006 e 2010. Que em 2010 cantava “Paira no ar minha águia guerreira, mostra o teu povo a grande ópera do carnaval”. São tantas... Emoções!

Padre Paulo não mudou e nem pode mudar de nome, referencial de vontade que é de toda uma comunidade, que defende e fez crescer no espírito do carnaval. E este é a dos debaixo imitando os de cima, copiando nas vestes reis, princesas e nobres – o primeiro passo para sua derrubada, primeiro a ironia. Ele faz isso com perfeição, na organização das danças, das fantasias.

Seu nome é uma instituição, que só ele não pode mudar. Mas há aqueles que querem se tornar instituições, fazer um “fake”, como se diz na Internet denominando um perfil falso, que é possível construir. A estes aconselhamos a construção da personalidade desejada, que não é senão a própria personalidade livre das opressões e medos. Para iniciá-la, um nome para o seu perfil. Nós – o Instituto Nacional do Nome - facilitamos esta tarefa. Não haverá um amanhã igual.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A SOCIEDADE SEM NOME

 Paulo Matos

É incrível que nossa sociedade em pleno século XXI ainda não atente e não enfrente com inteligência a questão substancial do modelo que escolheu que é a questão do nome.

Do sobrenome é recente, séculos XVI e XVII, quando a necessidade de identificação das pessoas que se multiplicavam e se confundiam restou necessária, movimentando-se então suas profissões e características físicas para denominarem-se – entre outras raízes como alteração dos sobrenomes seculares e familiares dos judeus tornados cristãos novos, perseguidos em função da etnia. Ou a simples adoção o nome dos patrões, como fizeram escravos e tanta gente.

Mas em uma época de pleno individualismo e da ascensão profissional dos seres por sua afirmação pessoal, as pessoas se preparam na vida para desempenhar funções e nelas precisam afirmar-se e definir-se. Não basta a casualidade. Meu nome é esse, fazer o que... Não, não: se será um grande borracheiro, um grande criador de galinhas, um grande dentista ou advogado, não importa a diferença, desde que se afirme esta condição no nome, isto o auxiliará.

Podem ser criadores de coelho e para isso estudam a história dos grandes criadores, suas técnicas, a melhor culinária “coelhal”, roupas a utilizar, tudo para o bem estar dos animais – mas, mais do que tudo, a identidade para ser reconhecido como tal. É a profissão da plaqueta, do símbolo, da identidade, da marca. É o logo, a ideia, onde está um está outro, associação.

Na sociedade gregária, coletiva, submetida ao senso comum necessário em que ninguém vive sozinho e tudo ou quase é coletivo, é necessário ser relacionado na tarefa escolhida. Seja o escolhido a partir da Lista Telefônica. Cada um faz alguma coisa coletiva e pronto. E isso tem que ter nome. Há de ser sonoro, modernamente curto e incisivo, ter boa carga simbólica talvez, mas principalmente intrínseca, forte, marcante. E trazer este nome do berço, escolhido na emoção do nascimento do ser, é duro.

De Vaney, um dos mais brilhantes críticos esportivos do jornalismo brasileiro de outrora, originalmente Adriano Neiva da Mota e Silva, foi um dos primeiros a ver a importância da construção do nome e fez um anagrama, desse nome extenso e valoroso – e polêmico – fez “De Vaney”, que se tornaria lendário. Dizia ele que “as palavras têm peso”. Os sinônimos não são iguais, são similares, sim, mas diferenciados na sua substância, formação. Diria Luiz Carlos Sampaio, engenheiro e sociólogo já falecido, que basta uma alteração nominal ou adverbial e tudo muda.

A ideia tem que ser gravada na transmissão ou não persiste nem insiste, não marca presença, passa batida pela memória se não tiver associação nem ligação ideológica com a atividade. E definida ou planejada esta, você pode e deve sim adotar o nome desejado para seu vôo, sua empreitada, o elo principal entre você e o que faz que será a razão e sua vida.

Não é porque você é João que tem que cuidar de pão, mas será difícil armar-se como cientista titulado José, Zé das Couves, Manoel das Batatas. Conheço alguém que tem um sobrenome inglês, Paul, que assim pronunciam e pensam os demais, mesmo por sua formação profissional e atuação intelectual.

Mas pessoa culta e sem falsas projeções, quando indagada responde na lata que não é o “Paul” inglês do economista Paul Singer nem do artista da música Billy Paul ou do ator e diretor de cinema norte americano Paul Newman. Do integrante dos Beatles Paul Mc Cartney ou do pintor impressionista francês Paul Gauguin – ou mesmo do filósofo existencialista Jean Paul Sartre, o “papa de 1968”.

O seu “Paul” era mesmo de “Paúl”, chiqueiro, como identificavam seu avô em uma época dos sem-sobrenome e que os adotaram. Então ela ficou com este sobrenome, que em uma sociedade de imagens de nossa época certamente nunca pensou em traduzir à raiz, pois que seria evoluir e não o contrário, como o Dr. Gerson Martins propõe a todos – pois o nome é o mais importante dos elementos constituintes da personalidade e da pré-personalidade, ajudando a construir a imagem antecipada dos seres.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

“deram-me um nome deram-me pertence-me” (Xavier Zarco)

Lane Valiengo

deram-me um nome deram-me pertence-me
mas pertence-me
não por me terem dado
mas porque eu o fiz

o nome que me deram
e que me pertence
não corresponde ao nome a que o rosto
este visível rosto responde
virando-se
quando algo escuta

é outro o nome
de essência diversa

aliás o rosto é como uma pedra
exposta aos elementos
sujeita à erosão no tempo
e com o tempo
em constante mutação

nome e rosto
aqueles que aprendemos como nome
e rosto
têm um templo
este corpo
onde coabitam
para o olhar do outro
um templo que se consome
a si mesmo

mas o nome prevalece
como um deus sereno
nunca sentido
definido ou nomeado
e por isso puro
um deus sem templo
essencial.



          Xavier Zarco é o pseudônimo literário de Pedro Manuel Martins Baptista, nascido em 4 de outubro de 1968 em Coimbra, Portugal. Seu 28º livro, Sonho de Benta de Aguiar seguido de Fragmentos de Hipocrene, foi lançado no Brasil em março de 2011, pela RG Editores, dentro da Coleção Alumbramento, dirigida pelo também poeta Álvaro Alves de Faria.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

OS NOMES DO DEMÔNIO NA OBRA DE GUIMARÃES ROSA

Lane Valiengo

                   Vamos falar  sério: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, é provavelmente o livro mais importante da literatura brasileira. Ao lado da sua linguagem revolucionária, da sua criatividade superlativa e da imensa erudição que emana, oferece diversas camadas de conhecimento. São símbolos ocultos sobre as palavras, são conexões filosóficas que surgem, são  significados esotéricos que se revelam de surpresa.

                   As várias formas de dizer uma mesma coisa revelam o profundo conhecimento linguístico e uma extrema habilidade em combinar elementos diversos, criando estruturas surpreendentes, cheias de novos significados. 

                   Além de seu objeto principal, que é o aparentemente impossível amor entre dois jagunços, Grande Sertão apresenta como um de seus subtextos o provável pacto -ou não- de Riobaldo, personagem principal, com o Diabo. E é exatamente aqui que surge, no livro, um dos aspectos mais saborosos. Edições mais antigas da obra encontradas em sebos trazem, muitas vezes, anotações à lápis nas margens, relacionando as palavras que Guimarães Rosa usa para se referir ao Diabo. Ou melhor, os nomes pelos quais o escritor chama o Coisa Ruim.

                   Os exemplos são muitos, profusos, e atravessam as muitas páginas da obra: o Arrenegado, o Cão, o Cramulhão, o Indivíduo, o Galhardo, o Pé-de-Pato, o Sujo, o Homem, o Tisnado, o Coxo, o Temba, o Azarape, o Coisa Ruim, o Diá, o Dito Cujo, o Mafarro, o Pé-Preto, o Canho, o Duba-Dubá, o Rapaz, o Tristonho, o Não-Sei-Que-Diga,  O -Que-Nunca-Se-Ri, o Sem-Gracejos, o Muito-Sério, o Sempre-Sério, o  Austero, o Severo-Mor, o Romãozinho, o Rapaz,  Dião, Dianho, Diogo, o Pai-da-Mentira, o Pai-do-Mal, o Maligno, o Tendeiro, o Mafarro, o Manfarri, o Capeta, o Capiroto, o Das Trevas, o Pé-de-Pato, o Bode-Preto, o Morcego, o Xu, o Dê, o Dado, o Danado, o Danador, o Dia, o Diacho, o Rei-Diabo, Demonião, Barzabu, Lúcifer, Satanás, Satanazin, Satanão, o Dos-Fins, o Solto-Eu, o Outro, o Ele, o  O, o Oculto... e muito mais!

         A maioria dos termos não é propriamente um nome. Mas Guimarães Rosa foi um mestre em criar nomes para personagens dos mais diversos. Literalmente, dava nome aos bois e às galinhas também... Através do exagero, destacava as características e personalidades de cada um. Afinal, para ele, o mundo existia como  linguagem, assim como o mundo era a própria linguagem. As palavras tinham vida, de verdade.

         “O Senhor vê? O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa existir para haver- a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo”.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coca-Cola despenca na lista das marcas mais valiosas

Lane Valiengo

         A lista de 2011 dos nomes comerciais (marcas) mais valiosos do mundo, elaborada pela Brand Finance, apresenta uma grande surpresa: a Coca-Cola despencou do terceiro para o décimo-sexto lugar, valendo US$ 25,8 bilhões.
         Anteriormente, a Coca-Cola ficou em primeiro lugar durante dez anos seguidos. Para outras consultoras, como a Interbrand, no ano passado a produtora de refrigerantes continuava em primeiro-lugar.
         Mas o mundo está mudando e as empresas de tecnologia e telecomunicações ocupam os principais postos atualmente. O Google foi considerada a marca mais valiosa do universo (US$ 44,3 bilhões), seguindo-se Microsoft, Walmart, IBM e Vodafone.
         A relação das vinte marcas mais valiosas prossegue com Bank of America, General Eletric, Apple, Wells Fargo, AT&T, HSBC, Verizon, HP, Toyota, Santander, Coca-Cola, McDonald`s, Samsumg, Tesco e Mercedes Benz.
         O levantamento da Brand Finance aponta que as marcas de empresas brasileiras melhor colocadas são Bradesco (28ª), Itaú (41ª) e Banco do Brasil (95ª). A Petrobrás aparece em 106º lugar.
         A notável queda da Coca-Cola, segundo analistas, se daria em razão da estagnação da marca, que estaria perdendo mercado para produtos mais saudáveis.
         O cálculo é feito por intermédio de 35 indicadores, que vão desde a receita do negócio até o atendimento ao cliente, até questões éticas de responsabilidade socioambiental.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Você conhece a Autenticada? E a Fotocópia? Elas são irmãs do Xerox...

Lane Valiengo

                   Quem gostaria de receber um nome como “Autenticada”?
                  
                   Pois bem: tem gente que gosta...
                  
                   Reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada em 13 de março de 2011 conta a história de uma família de Recife em que o pai, Miguel Porfírio, pôs o nome de seu primeiro filho do segundo casamento de Xerox Miguel Porfírio, há 36 anos. Autenticada Miguel Porfírio nasceu quatro anos mais tarde e Fotocópia Miguel Porfírio veio após nove anos.

                   Miguel, o pai, faleceu no último 11 de fevereiro. A ideia dos nomes nasceu de um cartaz em um cartório, oferecendo serviços de copiadora.

                   De herança, deixou o estranho gosto por nomes, digamos, no mínimo exóticos.

                   Segundo a reportagem, Autenticada gosta de ter o nome que tem e defende a escolha do pai. Diz que não tem traumas a respeito. Jornalista por formação e cantora gospel, ela afirma que o nome “diferente” abriu muitas portas na sua vida e que recebeu muitos convites exatamente por causa do nome.

                   Para completar, Xerox batizou seu filho de.... “Carimbo”! Ele tem também duas filhas: Shequira e Sherlaine. E para provar que coerência  pode ser também uma questão de DNA, o filho mais velho de Miguel Porfírio, Roque, batizou sua filha de Autêntica Valeska.