sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Casos emblemáticos comprovam que o mundo não é sério mesmo em relação aos nomes

Lane Valiengo

                   A vida é cruel mesmo: algumas pessoas ficam sabendo desde os seus primeiros anos de vida que terão pela frente uma existência problemática, difícil, atormentada. E que terão de ter uma paciência infinita para aguentar o dia a dia e os pobres de espírito. Entre a natureza tortuosa do homem e a esperança de alcançar uma graça qualquer, elas sabem que o seu nome será a fonte dos seus sofrimentos e preocupações.

                   O nome de uma pessoa é o primeiro sinal de vida social, é aquilo que precede a pessoa. O que pode esperar alguém cujo primeiro sinal da sua existência é algo como Robsnaldo ou Venicilena? E Fidelcina ou Adezina?

                   E o que dizer de Alucinéia?

                   Mas o pior de tudo isso é que a sociedade ainda permite que essas coisas continuem a acontecer.

                   Dar um nome destes ao filho é brincadeira, é covardia, é vergonhoso, é um movimento contra a evolução. É a comprovação final de que o mundo não é sério mesmo. Continuamos a estragar tudo em grande escala. E os nomes feios são a expressão da derrota humana. É a isso que chamam de civilização?

                   Tem gente que não acha nada demais colocar na filha o nome de Vladia. Ou Malcemira. Ou Vandicléia. Ou condenar o filho a uma existência sob o nome de Matildo. Não se tratam dos nomes absurdos como Um Dois Três de Oliveira Quatro, o clássico dos clássicos. Estes estão em outra categoria, a das bizarrices e das tolices inúteis. Pior é achar que está agindo certo ao escolher um Cleonildo, um Juconoíno, um Birinildo. Pois estes são a comprovação de como ainda somos atrasados e infantilóides.

                   Astremônio, Rodipiano, Eflandisa, Irisnea, Gerocélia, Harilza, Aristaques: sim, o mundo esta condenado!

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